Bem-estar físico, emocional, social e financeiro

Os 4 Fatores que Impulsionam o Bem-estar do Colaborador

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Visão Geral

Crescimento das iniciativas de bem-estar nas empresas

Para muitos, as férias são a oportunidade ideal de se reenergizar e se conectar com aqueles que amamos. No entanto, a época festiva também pode gerar uma batalha em quatro diferentes instâncias: física (“eu comi demais”), financeira (“como vamos pagar por tudo?”), emocional (“esta época do ano é tão difícil”) e social (“sinto falta da minha família e dos meus amigos”).

Esses quatro fatores também são importantes para manter os funcionários em boas condições durante o ano todo e ajudar as empresas a criarem programas de saúde mais abrangentes, que envolvam todos os tipos de bem-estar.

Stephanie Pronk, Vice-Presidente Sênior de Transformação da Saúde da Aon nos Estados Unidos, observa que, nas organizações, “o que estamos vendo agora é uma mudança em prol do bem-estar geral – olhar para a saúde de forma totalizante. Como não há uma resposta simples ou uma abordagem única para a saúde e o bem-estar, uma visão holística pode trazer resultados melhores em várias frentes: física, financeira, emocional e social.”

Preocupação com o bem-estar dos colaboradores


Análise

As estratégias para promover o bem-estar dos colaboradores nas empresas são tradicionalmente focadas na parte física. No entanto, conforme os custos do tratamento das condições crônicas associadas a estilos de vida não saudáveis continuam a aumentar, as empresas estão começando a ver o bem-estar por meio de uma lente mais abrangente.

Kim Kivimaki, Diretor da área de Bem-estar dos Colaboradores na Aon, explica: “o bem-estar é mais do que apenas focar na saúde física. É uma compreensão de que o bem-estar financeiro, emocional e social são tão importantes quanto”.

De fato, os colaboradores felizes e saudáveis têm mais chances de permanecer na empresa – e, se estiverem satisfeitos, é provável que os clientes também estejam. As organizações que buscam alcançar os benefícios de uma eficiente e “boa” força de trabalho devem considerar os quatro fatores do bem-estar de um funcionário: físico, financeiro, emocional e social.

Bem-estar físico: cuidando da saúde pessoal

Bem-estar físico dos colaboradores e custos de saúde para as empresas Má alimentação, falta de sono e de exercícios físicos afetam o bem-estar físico dos colaboradores e podem afetar os balanços financeiros das empresas – tanto ao fornecer planos de cobertura quanto ao lidar com a perda de produtividade nos dias de ausência por doença.

De acordo com o Relatório de Tendências Globais dos Custos de Saúde 2019, feito pela Aon, os custos médicos do empregador devem aumentar cerca de 8% em 2019, superando em muito a média da inflação geral de quase 3% no próximo ano. Além disso, os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) nos Estados Unidos, estimam perdas de produtividade, causadas por funcionários com hábitos prejudiciais à saúde, em mais de US$ 153 bilhões a cada ano.

Para impulsionar o bem-estar físico dos funcionários, as empresas podem oferecer programas de incentivo à atividade física, ou focar os planos de saúde para fornecer tratamento de alta qualidade quando necessário, facilitando o gerenciamento das condições crônicas e reduzindo o risco de acidentes e doenças, ao mesmo tempo em que encoraja um comportamento mais saudável. Como exemplo dessas iniciativas, a Aon Brasil criou o “Movimento Aon pela Vida”, que oferece soluções de saúde e bem-estar às empresas, por meio da manutenção de hábitos saudáveis e prevenção de doenças, objetivando assim incentivar vidas mais saudáveis, ativas e, principalmente, conscientes.

Bem-estar financeiro: lidando com as fontes de estresse

Da dívida imobiliária aos gastos com educação, os desafios financeiros podem causar estresse para muitas pessoas. E esse estresse pode afetar a saúde, as emoções e, até mesmo, o desempenho do colaborador.

Preocupações financeiras dos funcionários e planos de previdência

Além do impacto emocional, os encargos financeiros podem levar a um planejamento inadequado da aposentadoria e fazer com que as pessoas permaneçam no emprego muito além de sua produtividade máxima. Nos Estados Unidos, por exemplo, apenas um terço dos trabalhadores economizaram o suficiente para se aposentar confortavelmente aos 67 anos. Além disso, entre aqueles que acreditam que as preocupações financeiras afetam negativamente suas vidas, 31% afirmam que essas preocupações “os impedem de entregar seu melhor trabalho”.

Para ajudar a aliviar o estresse financeiro, as empresas podem criar programas de planejamento financeiro para auxiliar os funcionários com seus orçamentos atuais – assim como ensiná-los a economizar para o futuro.

Bem-estar emocional: entendendo os desafios “silenciosos”

O equilíbrio emocional pode ser tão importante quanto o bem-estar físico para manter sua equipe saudável e engajada. De fato, estudos descobriram que pessoas emocionalmente saudáveis têm 20% mais chances de fazer parte de equipes bem-sucedidas. No entanto, a depressão, uma das condições médicas mais comuns no mundo, afeta mais de 300 milhões de pessoas, gerando custos somados em US$ 210 bilhões anuais, somente nos Estados Unidos.

Como a depressão afeta o ambiente de trabalho Pesquisas mostram que a satisfação social e emocional pode influenciar – e muito – o desempenho dos colaboradores. Um estudo recente descobriu que o sentimento de felicidade levou a um aumento de 20% na produtividade.

As empresas podem estimular o cuidado com o bem-estar emocional ao avaliar seus ambientes de trabalho, identificar e abordar as questões que poderiam afetar negativamente seus funcionários. Estabelecer uma estratégia de cuidado com a saúde emocional pode incluir a conscientização, a redução do estigma e a criação de programas de apoio.

Bem-estar social: priorizando a conectividade

As relações interpessoais também podem afetar o bem-estar geral dos colaboradores. De acordo com alguns estudos recentes a solidão pode estar associada a uma baixa qualidade física e emocional. De fato, entre aqueles que experimentaram alguma descortesia no trabalho, 80% relataram perda de produtividade enquanto 25% descontaram suas frustrações nos clientes.

Conectar-se com outras pessoas – e com o trabalho da empresa – pode ter um efeito positivo na produtividade e na motivação de um funcionário. Manter os colaboradores conectados, pessoalmente e por meio da tecnologia, pode ajudar a promover relacionamentos, assim como uma cultura que ajuda a alcançar o bem-estar social.

Atividades de saúde e bem-estar nas empresas

À medida que a saúde da população continua a piorar e os custos médicos continuam a aumentar em todo o mundo, as organizações estão observando mais atentamente para os benefícios da criação de programas que abordem diversos fatores de risco. “Muitos dos fatores de risco levam a condições crônicas com tratamentos longos e caros, resultando no aumento dos custos médicos a longo prazo”, disse Tim Nimmer, Atuário-Chefe de Saúde da Aon. “As empresas podem desempenhar um papel fundamental motivando os indivíduos e suas famílias a assumirem um papel mais ativo na gestão de sua saúde, incluindo a participação em atividades de saúde e bem-estar e o gerenciamento das condições crônicas”, complementa. Essas ações são fundamentais não só para conter os custos, mas também para melhorar os resultados de saúde em geral.

*Este artigo foi adaptado do inglês