Big Data na Saúde: Como os Dados Podem Auxiliar no Cuidado dos Funcionários
Visão Geral
A expansão digital não é mais novidade. Hoje, é impossível encontrar um ambiente que não esteja minimamente computadorizado. Nossas residências, mercados, bancos, grandes instituições e até setores públicos operam com uma quantidade considerável de informações digitais.
Para cada área, o desafio é entender este novo modelo organizacional, priorizando o gerenciamento de dados. Para as empresas, os registros coletados vão além do auxílio na prestação de serviços: independentemente da indústria, as empresas estão entendendo que podem utilizar os sistemas de Big Data Analytics na área de saúde para entender seu ambiente interno e identificar cenários e soluções. Armazenar e gerenciar dados sobre cada profissional permite mapear diagnósticos e intensificar o cuidado.
Análise
O uso de Big Data – coleta e análise de dados por meio de inteligência artificial – está em crescimento no Brasil. De acordo com levantamento da consultoria Frost & Sullivan, o país é líder na utilização desta tecnologia entre os países da América Latina, representando 46,7% do total de receita entre as empresas que utilizam o Big Data. A utilização de Big Data na saúde está atrelada ao aumento de produtividade e à Internet das Coisas.
Um dos usos mais promissores é na gestão de saúde em ambientes corporativos. Por meio de um ambiente online, é possível gerenciar os benefícios médicos oferecidos aos funcionários, de forma prática, transparente e ágil. “O Big Data é utilizado para compilar, organizar e disponibilizar cruzamento de saúde assistencial e ocupacional. Isso gerará rankings, análises de dados, perfis da população, visão médica online, referências mercadológicas, entre outras possibilidades. Quando você mapeia o cenário de sua instituição, você previne situações de risco e traz um ambiente mais saudável a todos os envolvidos”, detalha a Diretora de Consultoria de Saúde e Benefícios da Aon Brasil, Rafaella Matioli.
AÇÕES EMPRESARIAIS EM PROL DA SAÚDE
O Relatório Tendências Globais dos Custos de Saúde 2019, idealizado pela Aon, mapeou as ações realizadas em 103 países. Segundo o estudo, entre as iniciativas de promoção de saúde disponibilizadas aos funcionários estão: detecção de doenças (89%), intervenções de bem-estar (79%), programas educacionais (78%), programas de avaliação avançada (70%) e programas de treinamento (62%).
Para a detecção de doenças, os países participantes afirmaram que oferecem check-up físico (84%), exames oftalmológicos (67%), mamografias (55%) e exames auditivos (45%). Já na área de educação e conscientização nas empresas, 72% elaboram materiais de comunicação sobre bem-estar, 57% disponibilizam serviços de informação online, 62% distribuem kits de bem-estar e 49% oferecem educação para boa forma física.
Estes dados não detalham quais medidas são feitas de modo analógico ou digital, mas mostram potenciais aberturas para otimização de processos já existentes. A partir do momento em que existe uma preocupação comprovada sobre a detecção de doenças e conscientização no ambiente de trabalho, cabe ao sistema Big Data auxiliar na compreensão deste cenário e proporcionar soluções.
O USO DE DADOS NA INTENSIFICAÇÃO DA SAÚDE
As pesquisas globais em prol da saúde têm apontado desafios ao redor do mundo. Utilizando dados para mapeamento, instituições conseguem entender diagnósticos e apresentar soluções. É o caso do tratamento de câncer no Brasil, por exemplo. Estatísticas analisadas pelo movimento Aon pela Vida apontaram que 90% dos casos descobertos na fase inicial são curáveis e podem custar até 10 vezes menos do que o tratamento em um estágio avançado.
“Atualmente, vivemos a era do wellness, onde a procura por qualidade de vida, alimentação saudável e atividade física está cada vez mais presente no cotidiano das pessoas. O desafio é unificar os movimentos saudáveis existentes tanto em organizações como nos indivíduos. Com o uso de Big Data, podemos intensificar sistemas de conscientização e antecipar diagnósticos. Os dados nos mostram o cenário de hoje, e nos ajudam a entender como mudar esta realidade”, analisa Danylla Campos, Líder de Marketing da Aon Brasil.
BIG DATA E A BUSCA PELO CUIDADO
Em 2015, a Accenture Healthcare IT Vision, pesquisa anual sobre tendências tecnológicas, apontou usos consideráveis de Big Data na saúde. 45% dos médicos consultados alegaram fazer análise preditiva por sistemas digitais, enquanto 59% afirmaram que já utilizaram sistemas de algoritmos com o objetivo de desenvolver a inteligência de softwares.
Para as empresas, cabe enxergar este movimento, conciliando os avanços de análises de Big Data com gestão da saúde, e movimentando os principais stakeholders desta cadeia. “Quando a tomada de decisões nas empresas é baseada em evidências, ou seja, os dados, as organizações aumentam a produtividade, geram novos insights para suas operações e melhoram a experiência de todos os envolvidos”, finaliza Matioli.