A Vida Moderna Está Aumentando os Custos com Planos de Saúde

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Visão Geral

Antes, apenas as gerações mais velhas se preocupavam em ter dinheiro para pagar por seus planos de saúde – mas hoje não é mais assim. Pesquisas demonstram que, nos Estados Unidos, os millennials são a geração mais afetada por dívidas médicas.

E, por mais que o sistema de planos de saúde dos Estados Unidos seja diferente de outros países do mundo, os custos médicos estão aumentando em todo o planeta. Fatores como longevidade e o declínio da saúde complicam ainda mais o problema em nível global. As pessoas estão com dificuldades para priorizar suas finanças. Diante desse cenário e com dívidas médicas para pagar, como vão economizar para a aposentadoria, por exemplo?

Não surpreendentemente, os motivos para o aumento dos custos de saúde e dos custos médicos de colaboradores são bem complicados. Segundo Tim Nimmer, Atuário-Chefe de Saúde da Aon, “uma população global em envelhecimento e o declínio da saúde por causa de escolhas pouco saudáveis, provavelmente resultarão em aumentos nos preços dos planos de saúde no mundo inteiro. ”

Mas os empregadores têm como ajudar a combater essa tendência. Nimmer sugere que se aprofundar na análise dos dados dos custos pode dar aos empregadores uma ideia melhor do que priorizar.


Análise

De acordo com o Relatório de Tendências Globais dos Custos de Saúde 2019, nos próximos 12 meses a taxa média de aumento do custo dos planos de saúde de cada funcionário será quase três vezes maior que a taxa média de inflação. E os custos médicos vão aumentar em todo o mundo, excedendo seus níveis típicos de inflação em uma média de quase cinco pontos percentuais.

Mas enquanto o aumento de custos é global, os fatores por trás desse aumento variam de região para região.

Nos Estados Unidos, por exemplo, os custos médicos são controlados parcialmente por medidas tomadas pelas empresas, como ferramentas de transparência de custos, contratação direta com fornecedores, alternativas a medicamentos controlados e uso de provedores mais econômicos. No Canadá, o governo federal está tentando controlar os custos dos medicamentos sob prescrição através da organização da compra de produtos farmacêuticos em nível nacional, ao invés de estadual. Esses esforços provavelmente ajudaram a América do Norte a atingir uma média da tendência de custo médico regional bruto de 6,4%, o que é considerado baixo.

Em contraste, o Oriente Médio e a África têm a taxa média da tendência de custo médico regional em 13,7%. Os custos de saúde mais altos dos Emirados Árabes Unidos, por exemplo, estão ligados a mais instâncias de doenças crônicas – incluindo câncer, hipertensão e obesidade – graças ao aumento do consumo de fast-food em conjunto com estilos de vida progressivamente mais sedentários.

Então, o que está por trás do aumento dos custos de saúde?

E enquanto nenhuma resposta única resolver o desafio da saúde, saber quais comportamentos são responsáveis pelos aumentos nos valores dos planos podem ajudar a determinar o caminho a seguir. “Seja ajudando um indivíduo a viver melhor com uma doença crônica ou investindo em programas de saúde e bem-estar, o empregador pode ter um papel-chave na hora de contribuir para que os custos associados à falta de saúde diminuam, através da motivação e do incentivo a mudanças, ” afirma Nimmer.

*Este artigo foi traduzido do inglês